Rio das Mortes

Capela de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno
Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno é um distrito do município de São João del-Rei, Minas Gerais. Seu nome era Rio das Mortes da década de 1930 até o resgate do histórico nome Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno em agosto de 2007. Sua ocupação data do século XVIII. Seu nome foi reduzido em 1938, pela Lei de nº 178, e existe um pedido de lei para que se resgate o pseudônimo, "Santo Antonio do Rio das Mortes Pequeno". foi neste distrito que nasceu a Beata Francisca Paula de Jesus Isabel, "Nhá Chica". Esta que poderá ser a primeira santa nascida no Brasil. O distrito industrial de São João del-Rei está localizado neste distrito.

A formação do Distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno

Contexto histórico- cultural: O distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes pequeno (antigo nome desde a formação da Irmandade de Santo Antônio de Rio das Mortes), não tem uma história certa que narra a sua formação, temos vários fatos que devem ser criteriosamente avaliados. Temos versões orais e fatos históricos que entram em controvérsias, mas nada tão certo ainda para falarmos qual seria o verdadeiro.
O distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, nome reduzido em 1938 para apenas Rio das Mortes, tem relatos de sua existência desde o Inicio do século XVIII, quando por aqui passaram os bandeirantes e uma das três ilhoas Maria Júlia, vindas da ilha de Açores, que tinha como meta povoar o Brasil. Historiadores descobriram documentos da Irmandade de santo Antônio, datados de 1722, o que comprova também a existência de nossa capela. Estilos daquela época, a formação de vilas a margens dos rios, formou- se esta comunidade, e não diferentes a capela também era à beira das margens do Rio das Mortes Pequeno, local chamado “Passagem Santo Antônio” conhecido hoje como Igreja Velha.
Centro Histórico de São João del Rei - Sede
O nome do local segue se baseado pelo rio que corta as mediações do distrito, mas há duas histórias que correm sobre o nome deste rio. A primeira é uma história contada pelos antigos, que por causa das lutas da Guerra dos Emboabas, os corpos eram jogados ao rio e suas águas tornavam-se vermelhas de sangue e por isso este nome, Rio das Mortes. Outra versão não muito pouca conhecida surgiu do jornal Correio do Município da data de 25 de novembro a 10 de dezembro de 1998, que relata que o fato acima ocorre em 1709 e, muito antes disso este rio já ganhava este nome “... a qual paragem de Rio das mortes, por morrerem nele uns homens que o passaram nadando e outros que se mataram a pelouradas brigando entre si sobre a repartição dos índios gentios que traziam do sertão.”
Há ainda relatos que se uma luta sangrenta travada, nos primeiros tempos da ocupação do território, entre os sertanistas paulistas e tribos aguerridas que ocupavam o território-certamente os falados Catguás- ensejando a fática denominação de Rio das Mortes. Então podemos afirmar que o distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, formou-se entre o final do século XVII e início do século XVIII a beira das margens deste rio que corta os arredores da comunidade, o povoamento se iniciou na Passagem de Santo Antônio, conhecido hoje como Igreja Velha, e que por causa das enchentes, a comunidade ribeirinha mudou para um local de terra mais planas, onde hoje situa-se o centro deste distrito em torno da capela de Santo Antônio.

Atividade econômica no início de sua formação


De acordo com os fatos históricos, a economia da época baseava-se na pequena produção agrícola e na recepção dos viajantes que vinham de Diamantina repousavam aqui, e seguiam viagem para o porto de Parati.Os moradores da época alguns fazendeiros, outros escravos, outros viajantes aventureiros em busca das minas de ouros e diamantes. Podemos mesmo afirmar é que a atividade econômica da época girava em torno de umas pousadas para os viajantes da Estrada Real, e a produção agrícola rural, que está presente até hoje nos locais mais afastados do centro do distrito.

Crescimento populacional em escala significativa do distrito

Podemos analisar que o crescimento populacional da Comunidade de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, se deu por volta do início do século XVIII com a descoberta do português Manuel João de Barcelos descobriu, nas fraldas dos montes, ricas manchas de ouro, e os paulistas Pedro do Rosário e Lourenço da Costa iniciaram os trabalhos de faiscação Forasteiros e aventureiros começaram a afluir. Isso deu se nas serras atualmente denominadas Senhor do Monte e Mercês, onde ainda há reservas de ouro, surgiu o outro arraial - o do Rio das Mortes - com sua igrejinha (no local denominado Morro da Força) consagrada a Nossa Senhora do Pilar, originando-se ai São João del Rei.Com essa expansão das jazidas de ouro ouvi um grande migratório de paulistas para a região, e pelo fato da Comunidade de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno ficar a seis léguas (12 km) do arraial de Rio das Mortes introduzindo aqui algumas famílias em busca de alguma atividade de renda.
Com a expansão da mineração de ouro,aconteceu uma guerra entre paulistas e emboabas, ainda no início do século XVIII, foi o arraial do Rio das Mortes fortemente abalado com a morte e o afastamento dos paulistas, aos quais foram usurpadas as minas. Apesar dessas lutas e disputas, a povoação continuou a prosperar, e assim as comunidades ribeirinhas incluindo a Comunidade de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno A construção da estrada de ferro (1878-1881) e a chegada, em 1886, de imigrantes italianos, procedentes de Bolonha e Ferrara, aceleraram o progresso do Município. Esses imigrantes, destinados a agricultura, localizaram-se na Várzea do Marçal, onde formaram as colônias do Marçal, Recondego e Felizardo, e na Fazenda José Teodoro. Posteriormente, grande número de sírios fixou-se no Município, dedicando-se de preferência ao comércio. E com essa grande fluxo de pessoas as Comunidades vizinhas também foram afetadas com essa expansão populacional como a comunidade do Onça, comunidade do Cajuru, comunidade da Victoria, comunidade do Caburu, Comunidade de santo Antônio do Rio das mortes Pequeno entre mais algumas.
Referência: Artigos de José Antônio de Ávila Sacramento